quarta-feira, 6 de maio de 2015

Oficina Palco Giratório: O ator e a manipulação direta, com Cia Catibrum Teatro de Bonecos

     Essa segunda-feira que passou, dia 4/5/2015, graças ao Palco Giratório (mais uma vez *_*), eu fui assistir a um espetáculo lindíssimo da companhia Catibrum Teatro de bonecos: O som das cores. A peça conta a história de Lúcia, uma menina linda que perde a visão e começa a descobrir que pode enxergar de muitas maneiras diferentes. Principalmente através da imaginação *_*. E a Catibrum tratou de um tema tão sério do meu jeito favorito: distribuindo poesia.



      E nesse fim de semana, anterior à segunda-feira da apresentação, para a sorte de alguns humildes artistas maceioenses, a Catibrum deu uma oficina sobre o ator e a manipulação direta de bonecos. Foi uma experiência incrível na qual aprendi muita coisa mesmo sobre uma modalidade de teatro da qual conheço muito muito pouco. 
       Hoje posso dizer que Teatro de bonecos não é um teatro apenas para crianças nem tampouco é somente uma caixa por trás da qual uns atores se escondem abaixados com bonecos em suas mãos. Também não é unicamente o teatro de marionetes e/ou de ventríloquos. Não. É muito mais do que isso aí. Existem uma infinidade de bonecos e uma infinidade de histórias que podem ser contadas com eles além de várias maneiras diferentes de manipulá-los. E posso dizer mais também: Não é fácil. 
      Na técnica da manipulação direta são necessários três manipuladores para um único boneco. Um controla a cabeça e o tronco, outro os braços e as mãos e outro os pés e pernas. No primeiro dia de oficina, nos aquecemos e alongamos bastante corporal e vocalmente antes de chegar a pegar o primeiro boneco (o qual era de tecido, diga-se de passagem) e com 5 minutos manipulando já sentíamos o braço, além disso é necessário muita integração entre os atores-manipuladores para sincronizar e combinar bem todos os movimentos do boneco de modo a ficar realista. Posso dizer que cheguei bem quebrada em casa nesse dia; mas isso também me deixou maravilhada, como quem descobre algo novo, eu estava descobrindo o teatro de bonecos e aprendendo a respeitá-lo e admirá-lo mais quanto mais eu percebia o quanto essa modalidade também exige treino e estudo.
     No segundo dia pegamos mais nos bonecos (o mesmo do primeiro dia e depois um especial para oficinas e estruturalmente um pouco mais parecido com os utilizados em apresentações), tivemos a chance de criar um pouco mais de intimidade com os bonecos  e entre nós mesmos, manipuladores por uma tarde; criamos uma ceninha com nossos bonecos e apresentamos para os colegas de oficina. E a experiência foi maravilhosa. É incrível poder dar vida ao inanimado. E esse inanimado que passa a viver pode ser tanta coisa: um tecido, um par de luvas... De tanta coisa pode nascer um boneco. Um pedacinho de magia no nosso mundo. Mais que isso até: Uma pequena prova de que os humanos podem fazer magia...
       Começo a finalizar pegando emprestado para esse post, os dizeres  do meu parceiro número 1 de vida, teatro e oficina (s), Jadir Pereira: Ele disse que depois dessa oficina passou a considerar que qualquer ator iniciante deveria passar pelo teatro de bonecos. Porque isso daria a ele, com toda a certeza, o claro entendimento de como no teatro um está continuamente precisando do outro. Concordo.

     Já agradeci imensamente a essa Companhia representada tão bem por esse elenco que tanto nos ensinou. mas deixo aqui mais uma vez o meu muito obrigada à Catibrum, à Camila Borges, Beto Militani, Rooney Tuareg e Leandro Marra. Obrigada, pessoal! Vocês deixaram uma semente conosco. Tentarei cuidar da minha até que ela floresça ;)






Louryne Simões

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