quarta-feira, 29 de abril de 2015

Oficina Palco Giratório "Contando a gente acredita", com Clareira de Teatro

     Gente, em dias de Palco Giratório, a verdade é que há sempre muito para contar em pouco tempo. Então, estes posts todos que estou fazendo estão realmente super atrasados, mas tenho que fazê-los assim mesmo, simplesmente porque não poderia não fazê-los... :P
     Agora mesmo já se aproximam as duas da matina, mas cá estou eu escrevendo este post porque amanhã já tenho outras coisas que quero compartilhar por aqui. Então, vamos lá...
     Sábado passado, dia 25/4/2015, quem foi ao Teatro Deodoro pôde prestigiar um belíssimo espetáculo infantil promovido pela Companhia Clareira de Teatro, do Rio Grande do Sul: Nina, o monstro e o coração perdido. A peça contava a história de Nina, uma menina linda e cheia de alegria, que um dia fica triste. E, sem saber lidar com isso, deixa se perder seu coração e com ele todos os sentimentos. Percebendo, porém que fizera a escolha errada, ela e seu amigo monstro iniciam uma jornada em busca de seu coração perdido. A montagem se desenvolve com contação de histórias, um cenário vivo, colorido e móvel e uma leveza espetacular. E, além disso, contava com um elenco que cativou a todos que compunham o público *_*




      E pra ser melhor, esse elenco maravilhoso composto pelos lindos e doces Valquíria Cardoso, Alex Limberger e Gustavo Dienstmann nos deram de presente 2 dias de oficina \o/ (Todas piram de felicidade). 
      A oficina "Contando a gente acredita" foi uma oficina com foco na contação de histórias mas que nos trouxe ganhos que ultrapassaram essa expectativa: jogos que estimularam a atenção, a criatividade, a musicalidade, a sonoridade e um monte de mais dades... Vimos uma cadeira virar milhares de coisas, vimos uma música nascer do nosso próprio corpo e sem que nada fosse combinado antes, vimos histórias serem contadas sem palavras e apenas para que nossos ouvidos apreciassem e não nossos olhos. Enfim, foi nos permitido ouvir e contar histórias de um modo diferente ao que estamos habituados. Zonas de conforto... Falei sobre isso na oficina. Como somos acomodados.... Como nos acostumamos a fazer tudo sempre do mesmo jeito... A contar e ouvir histórias sempre do mesmo jeito... E como é bom quando alguém nos convida a sair desse conforto e nos ensina a fazer um pouquinho diferente *_*


     E é por isso mesmo que eu queria agradecer demais a vocês: Alex, Valquíria e Gustavo. pelos sorrisos nos rostos primeiramente; pela doçura, o carinho, o amor que nos foi derramado, pela preocupação com nossos problemas (n esqueci nenhuma das suas palavras, Alex)... E muito muito obrigada por ter deixado conosco um pouco do que vcs já aprenderam nessa caminhada eterna que é a vida do ator. Aprendi muito com vcs e me empenharei em não deixar isso que aprendi pelo caminho.  Val, você ficou feliz, porque viu que tinha plantado uma semente. Plantou sim, minha flor. E espero falar dela em um post muito próximo.



      Tem novidade chegando por aí, galera!! :*




Louryne Simões
      

terça-feira, 28 de abril de 2015

Palco giratório

     Esta postagem está bastante atrasada e peço mil perdões por isso, mas é a velha desculpa de que o tempo anda meio curto. O que importa é que cá estou eu agora :D
      E estou para falar de um evento super aguardado pelos artistas do país e que (graças por isso) acontece também aqui na nossa Maceió: o Palco Giratório. 
     O Palco Giratório é um evento teatral promovido pelo Sesc que permite a companhias de Teatro de todo o país viajar e apresentar suas peças (ou seja, sonho de toda companhia passar no edital para o palco giratório) presenteando os públicos de cada canto desse Brasilzão com peças maravilhosas. E gratuitas! Já assisti a peças incríveis e com as quais aprendi muito no Palco giratório desse ano, mas falarei mais sobre essa experiência particular em outros posts que espero muito ter tempo de escrever amanhã. Hoje eu só queria fazer essa divulgação no blog porque ainda dá tempo, já que o evento vai até o dia 12 de maio. Vamos lá pessoal?? Vamos teatrar!






Louryne Simões

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Oficina Teatro do Oprimido

     Quarta feira passada, dia 1/4, recebemos na ETA o ator Dodi Leal para nos aplicar uma oficina do Teatro do Oprimido, vertente do Teatro fundada pelo brasileiro Augusto Boal. Boal participava da política ativamente chegando a ser exilado do país durante a ditadura militar; seu Teatro herdou seu ativismo. Também conhecido como Teatro do diálogo, o Teatro do Oprimido é conhecido por discutir no palco questões político-sociais, especialmente no que é referente a dar voz para as classes que não tem. É um teatro contra a opressão. E, em se tratando de um Teatro que defende que todos deveriam ter voz, ele mesmo não poderia excluir ninguém, não é? Assim sendo, o Teatro considera que todos nós podemos ser atores, assim como todos podemos ser espectadores.
      Sobre isso, o professor Lindomar pode dizer melhor que eu bem aqui, de onde retirei o seguinte trecho:

"O “Teatro do Oprimido”, de acordo com o próprio Boal, pretende transformar o espectador, que assume uma forma passiva diante do teatro aristotélico, com o recurso da quarta parede, em sujeito atuante, transformador da ação dramática que lhe é apresentada, de forma que ele mesmo, espectador, passe a protagonista e transformador da ação dramática. A idéia central é que o espectador ensaie a sua própria revolução sem delegar papéis aos personagens, desta forma conscientizando-se da sua autonomia diante dos fatos cotidianos, indo em direção a sua real liberdade de ação, sendo todos “espect-atores”.

    Assim, o Teatro do Oprimido é um dos poucos que dá tanta importância aos espectadores quanto aos atores. Afinal todos somos atores e todos somos espectadores na vida cotidiana, não é mesmo? E porque no Teatro seria diferente? Perguntemo-nos então: Onde temos estado mais? No palco, atuando, ou apenas assistindo como o mundo se desenrola?



  •      EU NO TEATRO DO OPRIMIDO
     Embora eu já escute falar do Teatro do Oprimido desde quando dei meus primeiros passos nas tábuas, nunca tinha feito uma oficina nessa vertente. Adorei. Aprendi bastante e vi como realmente o Teatro pode servir a esse propósito de ser questionador e revolucionador na sociedade. O tema dessa oficina especificamente foi travestilidades, mas fomos muito além desse tema, falamos de machismo também, do homem, da mulher, de gêneros e me senti voltando pra casa como quem fazendo o que mais ama, em casa, ou seja, no teatro, falou de coisa séria... E falou sem pesar. Sem pesar o clima. Sem se sentir pesada. Falar de política no Teatro é outra coisa. Pelo menos pra mim. Além disso, Dodi realmente conduziu cada momento da oficina sempre com muita dialogicidade realmente. Foi uma delícia participar da oficina e me senti aprendendo. E percebendo como realmente o teatro pode ser transformador (coisa que eu achava que já sabia, mas a oficina me fez sentir isso mais na prática, o que foi muito melhor.)

      E, sendo assim, aproveito para renovar meus agradecimentos a Dodi Leal e super indicar que qualquer ator (ou não-ator) participe sim de oficinas do teatro do oprimido. Aprender a (se) questionar, a se rever, se refletir é fundamental. Não há como fugir da política. Se você foge dela, você entrega os seus direitos de mão beijada nas mãos de outras pessoas. Não façamos isso. E aproveitando a era que estamos vivendo, tão cheia de "vontade política" por meio do povo, né? (super atenção para as aspas, por favor), que questionemos com força, mas sem perder a ternura e a leveza... =). Eu não saberia como terminar esse post, porque não pararia nunca de ressaltar as qualidades e vantagens de se fazer o teatro do Oprimido, então vou parar no simples "eu faria de novo.", "é necessário" e "faça você também."








Louryne Simões