terça-feira, 31 de março de 2015

Camarim: Se uma estrela aparecer...

      Bom, pessoas lindas da minha vida, nesse fim de semana que passou eu fiz um post sobre como vinha me sentindo um tanto estremecida comigo mesma por ter me atrasado nos meus compromissos com meu estudo do teatro na ETA. Mas o teatro é tão pai, mãe e lar pra mim que me deu colo... Fiz o pedido a uma estrela e agora cá estou... Com sono e um tanto dolorida, mas tão tão feliz que tinha que vir aqui compartilhar rapidamente um pouco dessa felicidade com vocês *_*. Explico:

      Esse ano minha turma de teatro da ETA deve apresentar duas montagens, uma para cada semestre. Sexta-feira ficamos sabendo o projeto da nossa primeira montagem e nos apaixonamos perdidamente (e falo no plural mesmo porque sei que a maior parte dos meus colegas, se não todos eles, ficaram mesmo tão apaixonados quanto eu). E eu fui conquistada exatamente pelo que eu vinha pedindo: desafio, algo que exigisse meu suor. A história que vamos contar nem tinha tanto espaço no meu coração, mas tem conquistado cada vez mais desde o dia que eu soube só pela ideia do trabalho que eu sabia que iria ter. E ontem e hoje isso se confirmou: fizemos duas oficinas preparatórias que já me fizeram trabalhar com coisas com as quais nunca tinha trabalhado antes por personagem nenhum. Hoje estou dolorida por conta da oficina preparatória de hoje e terei que trabalhar amanhã e sei que estarei morta, mas estou imensamente feliz. Pelo desafio, pelo trabalho, pela oportunidade de aprender e de viver coisas que ainda não tinha vivido até agora e até pelo resultado que ainda está tão longe, mas que sei que se vier de um processo que continue do jeito que está até agora será absolutamente lindo. 
      Ainda não posso compartilhar com vocês qual será a peça ou qualquer coisa mais clara relacionada a ela. Ainda é cedo. Mas quis compartilhar minha felicidade. Quis chegar aqui e dizer que estou feliz. Muito feliz. Porque estou trabalhando, porque estou suando, porque estou em um projeto no qual sairei muito melhor atriz só pelo processo no qual ele está me colocando e quis dizer isso da mesma forma que dia desses disse que não estava muito satisfeita comigo mesma. Não estava porque não estava vivendo o palco como gosto desde as férias e já estava numa saudade amarga. Mas agora não. Agora estou de volta. Estou em casa, pessoal. Estou feliz. Estou suando.

Louryne Simões

domingo, 29 de março de 2015

Camarim: Menos atriz (?)

     As Aulas na ETA começaram no início desse mês, mas por motivos diversos -dentre os quais, um deles é o trabalho que, por ora, ainda é o que me sustenta (para quem não sabe, sou professora também) e outro que diz respeito a um grande projeto de ordem pessoal (que tb se relaciona ao primeiro motivo citado, já que preciso de dinheiro para realizá-lo) (ficou confuso, né? espero que não... bom, mas, basicamente, o que importa é essa próxima frase ->)- eu acabei perdendo praticamente as duas primeiras semanas de aulas e um exercício cênico maravilhoso do qual adoraria ter participado, até pq tinha parte minha no texto: Beatriz, foi um exercício cênico lindíssimo e muito comentado na Escola, dirigido pelo meu professor, Toni Edson, com vários dos meus colegas no elenco e partes de um conto, Amor, escrito por mim no texto final do exercício, além de trechos de um texto de Jorge de Lima, da música ciranda da bailarina, de Chico Buarque e partindo de outra música desse mesmo artista: Beatriz. Sentiram como deve ter sido lindo? E a honra de ter meu texto junto dos de artistas desse peso? Pois é, mas eu não estive lá. Espero conseguir algum vídeo para postar aqui, especialmente da parte onde meu texto aparece dito pelos meus colegas, se possível. Mas gostaria de ter estado lá tb.
     O fato é que não estar lá por ter priorizado (ainda que eu tenha sido forçada a priorizar, já que preciso de dinheiro, como todos nós) outras funções me fez sentir um pouco como se eu estivesse me traindo. Como se estivesse sucumbindo a esse sistema cruel que nos rege. Mas, por mais que eu queira, ainda não vivo só da minha arte e, para ser mais verdadeira e crua, o que ganho com ela não dá pra pagar quase nenhuma das minhas contas e, por mais sonhadoras que sejam as minhas asas de artista, eu faço parte de um mundo que é regido pelas leis de um sistema que gira em torno do dinheiro. Cruel, mas, verdade. Fazer o quê? Então me perdoei um pouco por isso.
     Mas ainda me senti meio que me traindo.
     O artista tem que se esforçar, estar em trabalho constante, nunca deve se reconhecer como perfeito ou pronto. É aprendiz constante. E o ator não é diferente. Deve estar em constante trabalho de observação, leitura e corpo. Duas semanas de atraso em relação aos meus colegas me fez sentir realmente atrasada, fiquei me perguntando se realmente estava me esforçando como deveria para ter aquilo que sempre quis. Entendo que tenho que trabalhar sim e me sustentar sim, mas não quero que isso me atrapalhe em ser a atriz que sonho ser um dia. E para ser essa atriz, ainda há muito suor a ser derramado.
     

     Então essa postagem é mais um lembrete para mim mesma para que eu não esqueça jamais de nunca ser medíocre na minha arte, de que tudo que eu faça seja visceral. Mas para isso devo me lembrar tb que o trabalho para alcançar esse objetivo seja de corpo e alma. E aí sim eu serei cada vez mais atriz. Cada vez mais a melhor atriz que eu puder. E a atriz de hoje será melhor que a de ontem e nem de longe tão boa quanto a de amanhã. Mas o caminho de tijolos amarelos para isso tem trabalho em lugar dos tijolinhos.



Louryne Simões
      

terça-feira, 3 de março de 2015

Camarim: 2014, o ano dos primeiros passos

     2014 já foi embora a meses e era de se esperar que como eu n tinha lhe feito nenhuma carta de despedida quando ele estava partindo, n fizesse agora. Mas farei. E farei porque 2014 foi pra mim um daqueles anos que não podem ir embora sem que a gente fale sobre ele. E eu provavelmente falarei dele ainda em muitos e muitos outros anos da minha vida. Foi um ano importante e especial em vários aspectos, mas no que diz respeito à minha caminhada de aprendiz de atriz, ele foi decisivo.
     Foi no início de 2014 que eu fiz meu primeiro teste de interpretação (Falei dele com mais detalhes aqui). Para entrar na Escola Técnica de Artes, para a qual já queria entrar a anos. Foi um momento super importante e único pra mim, que espero nunca esquecer e, mais que isso, viver de novo em um fechar de olhos. E Foi em 2014, e nessa Escola, a ETA, que foi me dada a oportunidade de viver personagens incríveis em cenas maravilhosas: Fui Fedra, fui Lisístrata, fui Linda Mascarenhas, fiz mulheres fortes e decididas... E cada uma dessas personagens permitiu que a Louryne fosse quem ela não é e vivesse coisas que ela não viveu (como uma greve de sexo na Grécia Antiga, por exemplo :P). E crescesse pra caramba com isso!
       Como não fosse presente suficiente, ainda foram me dadas oportunidades maravilhosas fora dessa escola que me acolheu: Pude trabalhar com uma Companhia que tem tanto do meu carinho (lê-se Fulanos Ih Sicranos) e viver uma história mágica como João e o pé de feijão, que diz tanto da minha própria história, e ainda descobrir a beleza sem igual do teatro infantil nos olhos encantados das crianças que nos assistiam. Adentrei meu outro encanto, o cinema, graças ao querido Nuno Balducci, que me deu a oportunidade de integrar o elenco do curta premiado "Atirou para Matar"...
           Ufa! Muito presente para um ano só de uma iniciante, não é? E muitas pessoas pra agradecer tamém... Mas é, eu fui abençoada assim... Então, por mais piegas que possa parecer, acho que se eu tivesse a oportunidade de falar algo para 2014 eu diria "Obrigada. Obrigada por me dar tanto. Saiba que você foi um ano que não passou. Estará, com certeza, em todos os outros anos da minha vida. De alguma forma."
             E que 2015 seja também tão gentil comigo! (como já está aparentando ser... Se tudo der certo, novidades por aí. Aguardem! :))

E meu beijo de hoje fica pra você que se foi,
Um beijo sorridente e levemente saudoso, 2014

Louryne Simões














João e o pé de feijão (nos palcos do teatro)

     Olá pessoas lindas!! :D
    Tem um tempão que não apareço por aqui, por conta da correria que foi o fim do ano passado e depois vieram as férias que me trouxeram uma super preguiça, inclusive de postar aqui no blog. Mas, enfim, cá estou eu novamente pra postar algo que nem é mais novidade: Quem acompanha o blog deve se lembrar que no ano passado eu postei sobre a minha primeira peça em caráter mais profissional, digamos assim, João e o pé de feijão, pela Companhia Fulanos Ih Sicranos, uma companhia queridíssima pra mim.  Da mesma forma, quem acompanha esses meus pequenos passos, deve se lembrar que a peça foi inicialmente apresentada nas escolas, mas que eu havia dito que em novembro (ou seja, este post está quase 4 meses atrasado), ela ganharia os palcos do teatro. Pois bem, é sobre esse momento que venho postar aqui.
      Em novembro do ano passado, nosso João e o pé de feijão ganhou os palcos do teatro e foi, é claro, uma experiência maravilhosa. Apresentamo-nos no Teatro de Arena, anexo do Teatro Deodoro. Se bem me lembro foram 5 ou 6 apresentações naquele mês e ainda que eu passasse horas inteiras aqui tentando postar sobre as coisas lindas que vivi naquelas apresentações, não conseguiria, então focarei em duas da minhas dádivas daqueles dias: a primeira diz respeito à chance que eu tive de encantar crianças e de ser encantada por elas. Em todas as apresentações pudemos encontrar as mais lindas crianças, os mais lindos sorrisos e olhos brilhantes olhando encantados pra nós. Lembro especialmente de uma que devia ter coisa de 5 ou 6 aninhos e tinha um black lindão. Assim que acabou a peça e a escola nos pediu pra tirar fotos com as crianças, ela correu pra mim, me abraçou, pediu pra tirar foto comigo, eu disse que ela era linda... Enfim, são coisas que eu acredito que a gente só consegue no teatro infantil mesmo. Foram coisas lindas assim que eu vivi em quase todos os dias *_*. Para completar, lembro de meses depois de encerradas as apresentações ainda encontrei crianças na cidade que me reconheciam da peça. Tem coisa mais gratificante?? 
    E a segunda refere-se à sensação maravilhosa de estar em casa, nas tábuas do teatro, de me deitar ali a cada início de apresentação só pra sentir as tábuas antes de encenar em cima delas e simplesmente viver o palco. A menos que você também seja um filho do teatro não vai entender do que estou falando. Mas, saiba, assim mesmo, que é maravilhoso. Antes mesmo de estar em cena, só o fato de estar ali, já é um espetáculo à parte pra mim.

    Mas deixemos de blá blá blá e vamos aos registros *_*:


















      E um videozinho que todo mundo merece.... *_* Esse, porém, tá simples e sem edição, tá, meu povo? 


    Bom, pessoas mais lindas, por ora é isso... Vamos torcer pelas próximas nuvens desse pé de feijão...



João e o pé de feijão

Direção: Arthur Martins
Elenco:
Arthur Martins
Anderson Fidellis
Marina Rosa
Louryne Simões
Beijo pra todo mundo!
Louryne Simões