terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Palco: Performance autobiográfica

     Há cerca de duas semanas foi passada para a minha turma da ETA um trabalho em que teríamos que fazer uma performance autobiográfica. Explicar o que é performance não é tarefa fácil e eu não ousarei tanto assim por aqui. Mas direi algo que ouvi com frequência durante as palestras preparatórias que tivemos e que acabou sendo o conceito que eu mais gostei: "A performance é uma fronteira. É a fronteira entre o teatro, a dança, a música. É o ponto onde as artes se encontram." (Ok, talvez não tenha sido EXATAMENTE assim, mas foi algo por aí... =P). Realmente gostei desse conceito.
      O fato é que quando essa tarefa nos foi passada, eu fiquei preocupada. Tenho que admitir: Enquanto aprendiz de atriz, sou melhor com texto e psicologia do que com improvisos e mais corpo que fala. E isso me preocupa também. Se tem uma coisa em que eu acredito é que em um bom ator o corpo sempre tem que falar mais que o texto. Isso, no entanto, não é tão fácil. Ok, sem neuras, estamos aqui pra aprender mesmo.
     Além disso, estamos em dezembro. E vamos combinar, galera, dezembro não é um mês fácil pra ninguém e eu não fico nem um pouco atrás. Muita correria, contas e trabalhos pra fechar, planejamento de férias (inclusive financeiro). Pensar em uma performance que nem é tanto a minha praia (apesar de eu também ser apaixonada por dança) justo no meio dessa loucura toda? Não era bem meu trabalho dos sonhos.
      Resultado que quando fui apresentar hoje estava uma pilha de nervos, pensando em mil coisas e problemas ao mesmo tempo e achando que ia apresentar uma porcaria, louca pra acabar antes mesmo de começar. Talvez justamente por essa baixa tão drástica de energia tenha sobrado tanta coisa pra melhorar, como vocês talvez notem no vídeo abaixo. Apesar disso, quando vi o vídeo fiquei feliz com o resultado. Apesar das várias coisas bem mais ou menos que eu pude identificar, achei que ficou bonito, que conseguiu dar a ideia que eu queria e... sei lá, ficou bonito, apesar da loucura que eu tava. 
       








     E agora.... A performance para vocês verem e julgarem (com carinho tá?)




  • A IDEIA:
     Fiquei algum tempo me perguntando o que levaria para essa apresentação que não satisfeita em ser performance tinha que ser autobiográfica e resolvi levar uma inquietação antiga: a rigidez do tempo em relação a tudo o que eu quero fazer, especialmente no campo das artes. Sempre quero mais do que as poucas horas do meu dia podem suportar. Levar isso pro palco foi gostoso também. Mas gostaria de ouvir outras leituras do que foi apresentado. Alguém se habilita?

  • AUTOCRÍTICA:
     Como eu disse antes, eu estava uma pilha e crente que ia ser tudo muito muito ruim. Talvez por isso mesmo ache que no final das contas foi tudo até bonito. Não fiquei alheia, porém, ao fato de que sei bem que meu corpo podia dar mais, que minha dança podia ter sido melhor, que minha expressão facial podia ter estado mais ali se eu tivesse me preparado mais. À parte isso, acho que dentro do pouco tempo que tive pra me preparar e do nervosismo que eu estava, foi bonito. Fim. Estou feliz apesar das melhorias que eu poderia ter feito.

Louryne Simões


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